Servidores e governo fazem nova rodada de negociação – 20.03.2006

Servidores e governo estadual travam hoje mais uma rodada de negociação quanto às reivindicações salariais das categorias. A Secretaria de Administração do Estado tem até hoje para reenviar os projetos de Planos de Cargos e Carreiras (PCCs) de quatro classes (funcionários da Defesa Social, Saúde, UPE e Detran) à Assembléia Legislativa de Pernambuco. Sindicalistas já sinalizaram que, se não houver acordo, pode ser decretada greve geral.

O secretário de Administração, Maurício Romão, recebe hoje, às 15h, o Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindiserpe), a Central Única de Trabalhadores (CUT-PE) e o Sindicato dos Trabalhadores na Saúde do Estado (SindSaúde). Pretendem alterar artigos dos planos de cargos e carreiras que toquem na questão de enquadramento salarial.

Os deputados estaduais Isaltino Nascimento e Sérgio Leite (ambos do PT) garantiram a Maurício Romão que tentarão prolongar o prazo de reenvio dos projetos à Assembléia. Mesmo assim, os planos só têm até 3 de abril para serem votados e sancionados pelo governador. Os projetos de lei tinham sido retirados da pauta de votação dos deputados na última quinta-feira. A atitude foi considerada pelos servidores como fechamento de diálogo e radicalização.

Amanhã, policiais civis ameaçam parar caso não tenham reivindicações atendidas. O sindicato da categoria marcou assembléia para a tarde.

SAÚDE – Enquanto luta pelos ajustes no PCC, o SindSaúde tem que provar na Justiça, até hoje, a legalidade da greve. Foi esse o prazo dado pelo juiz Luiz Fernando Lapenda Figueiroa, da 2ª Vara da Fazenda Pública, que examina pedido de ilegalidade do movimento impetrado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

“Mas até agora ainda não fomos notificados para prestar esclarecimentos”, disse a coordenadora do SindSaúde, Perpétua Rodrigues. Amanhã, a categoria faz assembléia para decidir se prossegue com a paralisação.

Auxiliares, técnicos, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais de nível elementar, médio e superior ligados à SES, exceto médicos, entram hoje no 17º dia de greve. Ambulatórios e clínicas estão parados. Emergências operam com 30% dos funcionários. (Fonte: Jornal do Commércio – 20/03/2006)

Tonny
Author: Tonny

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