Servidores da saúde entram no 13º dia de greve – Publicado em 29.11.2004
Os servidores estaduais da saúde, em greve desde o dia 17, realizam, na manhã desta segunda-feira (29), um café da manhã a base de pão e água nas maiores unidades de saúde públicas do Estado. O ato é uma forma de satirizar a situação dos trabalhadores, que lutam por melhores salários e condições de trablaho.
Cerca de 21 mil enfermeiros, laboratoristas, fisioterapeutas, psicólogos, auxiliares e outros profissionais não-médicos estão de braços cruzados para tentar conquistar um reajuste salarial semelhante ao alcançado pelos médicos em outubro. O movimento fechou ambulatórios, laboratório e outros setores dos hospitais públicos do Estado. As emergências atendem com apenas 30% da capacidade.
O Governo, que oferece 11% de aumento sobre o salário-base, afirma que só volta a negociar depois que os trabalhadores voltarem ao serviço, já que a Justiça determinou a suspensão da paralisação no último dia 19.
Os representantes do Estado ameaçam alguns grevistas de demissão e avisam que estão cortando o ponto dos que aderiram ao movimento desde a deflagração da greve. O Governo também acena com a contratação temporária de substitutos, mas os Conselhos que representam as categorias em greve ameaçam até cassar o registro de profissionais que aceitarem ser contratados nessas condições.
Os funcionários de nível superior da saúde esperam ter o salário-base reajustado de R$ 488 para R$ 1.250. Os de nível médio reivindicam correção dos atuais R$ 181 para R$ 600. Os de nível elementar querem passar de R$ 157 para R$ 350. Os sindicatos que representam as categorias paradas podem aceitar valores diferentes, desde que sejam aprovados em assembléia.
Fonte: JC on line