Saúde reduz vagas de concurso
Das 1.481 vagas autorizadas, mais de mil serão preenchidas por aprovados na seleção feita em 2004. As inscrições começaram ontem
A Universidade de Pernambuco (UPE) abriu, ontem, inscrições para o concurso do Pronto-Socorro Cardiológico (Procape), Hospital Oswaldo Cruz (Huoc) e Centro de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), localizados no Recife. Mas das 1.481 vagas autorizadas pela Assembléia Legislativa em dezembro, apenas 357 serão oferecidas, sendo 207 para médicos, que receberão inicialmente R$ 1.400 (cargo de diarista), fora gratificações.
As outras 1.124 vagas – a maioria para a área de enfermagem – serão ocupadas por aprovados no concurso de 2004 ainda não nomeados. Eles foram selecionados para o regime celetista e passarão para o de estatutário, que dá estabilidade mas concede salários menores (exceto para médicos).
O pró-reitor administrativo da UPE, Glêdeston Emerenciano de Melo, esclareceu que o aproveitamento dos aprovados na seleção de 2004 foi uma recomendação da Procuradoria Geral do Estado, que concluiu a análise do caso no mês passado. As pessoas que não tinham sido nomeadas na época já estavam questionando a abertura do novo concurso. Os profissionais estão sendo convocados e a expectativa da UPE é preencher as 1.124 vagas nesse primeiro semestre. Dessas, 31 são para médicos, 236 para enfermeiros, 639 para técnicos em enfermagem e as demais para outros profissionais de nível superior e médio. Embora espere demora nos trâmites burocráticos, o diretor do Procape, Ênio Cantarelli, acredita que em abril será possível abrir pelo menos a emergência do pronto-socorro. Os serviços serão ativados com a transferência de 150 servidores do Huoc e parte dos nomeados do concurso de 2004.
O resultado final da nova seleção, aberta no site www.upenet.com.br, está previsto para o dia 2 de maio (as provas serão 30 dias antes) e os aprovados ainda terão um mês para assumir. Das 357 vagas disponíveis, 195 são do Procape (122 médicos, 46 outros de nível superior e 27 de nível médio), 112 do Huoc e 50 do Cisam. O candidato não poderá optar pela instituição na inscrição.
Os que serão selecionados e os aprovados em 2004 serão admitidos com os mesmos salários: R$ 1.400 (médicos), R$ 585 (outros de nível superior) e R$ 325(nível médio). O concurso de 2004, que preencheu 268 vagas, previa salários de R$ 900 (superior) e R$ 600 (médio), por causa do regime baseado na CLT. O dos médicos era R$ 1.400, que a categoria manteve mesmo com a mudança de regime.
Os 1.481 novos servidores representarão uma ampliação de 40% no quadro de pessoal da UPE e de 20% nos gastos com pessoal. Por mês, a despesa será de R$ 1 milhão a mais. (Fonte: Jornal do Commércio – 07.02.2006)
Médicos do Procape poderão monitorar pacientes pela internet
Quando o Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape) estiver funcionando em plena atividade, cirurgiões do serviço vão poder acompanhar, depois do trabalho, em casa, o estado dos pacientes. Isso será possível porque as informações, registradas pelos monitores aos quais os doentes estarão ligados na sala de recuperação, estarão disponíveis para os profissionais (por meio de senha) na internet.
“O médico pode entrar em contato com o colega plantonista e indicar algum procedimento imediato, caso julgue necessário”, observa o cardiologista Ênio Cantarelli, idealizador do Procape. Além da alta tecnologia e de garantir ao Estado a vantagem de ter o segundo maior serviço de cardiologia do País, o Procape deve ajudar a resolver o estrangulamento do SUS, no Estado, para o tratamento de doenças cardiovasculares. Essas enfermidades são as que mais matam os pernambucanos adultos. As únicas urgências especializadas, a do Oswaldo Cruz e a do Agamenon Magalhães, vivem superlotadas.
O Procape começou a ser construído em 1999, com a previsão de ser concluído em dois anos. Atrasos no repasse de verbas do Ministério da Saúde e entraves na definição, pelo Estado, do quadro de pessoal mudaram os planos. Foram gastos R$ 29 milhões (R$ 13 milhões em obras) e ainda são necessários mais R$ 5 milhões. O hospital tem 205 leitos e poderá fazer mil atendimentos por dia.
“O médico pode entrar em contato com o colega plantonista e indicar algum procedimento imediato, caso julgue necessário”, observa o cardiologista Ênio Cantarelli, idealizador do Procape. Além da alta tecnologia e de garantir ao Estado a vantagem de ter o segundo maior serviço de cardiologia do País, o Procape deve ajudar a resolver o estrangulamento do SUS, no Estado, para o tratamento de doenças cardiovasculares. Essas enfermidades são as que mais matam os pernambucanos adultos. As únicas urgências especializadas, a do Oswaldo Cruz e a do Agamenon Magalhães, vivem superlotadas.
O Procape começou a ser construído em 1999, com a previsão de ser concluído em dois anos. Atrasos no repasse de verbas do Ministério da Saúde e entraves na definição, pelo Estado, do quadro de pessoal mudaram os planos. Foram gastos R$ 29 milhões (R$ 13 milhões em obras) e ainda são necessários mais R$ 5 milhões. O hospital tem 205 leitos e poderá fazer mil atendimentos por dia.