Reitor da UPE rebate acusações -Publicado em 02.09.2005
Em uma audiência pública bastante concorrida, ontem de manhã, no plenário da Assembléia Legislativa, o reitor da Universidade de Pernambuco (UPE), Emanuel Dias, foi chamado para dar explicações sobre a prestação de contas da instituição nos anos de 2001 e 2002. A reunião foi solicitada pelo deputado Sílvio Costa (PMN), que baseou-se em uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) referente a esses dois anos. A investigação ainda está em andamento.
Segundo o parlamentar, o TCE verificou 31 irregularidades em 2001 e 32 em 2002. “Estive com auditores e conselheiros do Tribunal. Jamais levantaria suspeita sobre a UPE se não houvesse densidade jurídica nas irregularidades verificadas pelo TCE. Por isso pedi a audiência para que o reitor se explique”, afirmou Sílvio Costa.
Ele questionou a criação do Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco (Iaupe), que seria uma empresa de direito privado dentro de uma instituição pública. Cobrou também a prestação de contas do dinheiro das taxas de inscrição do vestibular de 2002. “Vou acompanhar a auditoria do TCE até o fim. Irei sugerir ao Ministério Público que faça o mesmo”, afirmou o deputado.
Acompanhado dos diretores de todas as unidades da UPE e de todos os pró-reitores, além de dezenas de estudantes e funcionários da instituição, o reitor Emanuel Dias disse que não há o que esconder. “Respondemos os questionamentos do TCE do ano de 2001 e estamos fazendo o mesmo em relação a 2002. A prestação de contas da UPE está disponível para quem quiser. Já convidei, inclusive, o deputado Sílvio Costa para nos visitar e verificar os documentos”, observou o reitor.
Dias disse que o Iaupe é uma entidade de apoio à UPE e que não tem fins lucrativos. “Não é uma empresa e os diretores não recebem salário. O Iaupe presta serviços para a universidade”, destacou.
Fonte: Jornal do Commércio 02.08.2005
