Programa “Globo Universidade” destaca Mestrado da FOP

Criada em 2009, especialização busca formar professores na área pericial

Fonte: TV Universidade – Globo

O que é preciso fazer para se tornar um perito forense? Não existe um curso superior específico que forme profissionais aptos a trabalhar na área, que absorve profissionais de diferentes áreas de formação. Para ser tornar perito um dos caminhos possíveis é o da especialização. Para os que querem atuar no serviço público, especialmente nos Institutos de Criminalística (IC) de cada estado, uma das exigências do concurso é a formação superior em áreas biomédicas e exatas, sendo que a formação pode ser variada. Assim que o aluno ingressa em um IC, ele passa por um curso de formação técnico-pericial na academia de polícia. Se o desejo for atuar fora desses institutos, uma alternativa é optar por cursos de pós-graduação.

Para os profissionais que já trabalham na área, uma das opções de especialização em Ciências Forenses é encarar um curso de mestrado. Em 2009, a Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco (UPE), que recebeu a visita da equipe do Globo Universidade, desenvolveu o primeiro curso de pós-graduação em Ciências Forenses do Brasil. Segundo explica a professora de Odontologia da UPE, Eliane Alvim, que também atua como coordenadora do programa de Mestrado em Perícias Forenses, por se tratar de uma especialização acadêmica, o curso visa formar professores na área, e não peritos, como acontece em formações profissionalizantes.

“As catástrofes que resultam em mortes coletivas, nas quais a participação do perito é de vital importância na identificação dos corpos, estão cada vez mais frequentes. A não existência desse profissional em alguns institutos médico legais implica em uma dificuldade a mais a ser vencida quando a figura do perito é exigida. Pernambuco serve de exemplo nesse aspecto, bastando lembrar do acidente, em 2009, com o avião da Air France, que ia do Rio de Janeiro para Paris. Na ocasião, peritos tiveram que vir de cidades vizinhas para auxiliar no processo de identificação dos corpos”, lembra a professora.

Dentre as disciplinas obrigatórias do mestrado, estão Seminários Avançados em Perícias Forenses, Leitura Crítica, Metodologia Científica, Identificação Humana e Estágio Docente. Das eletivas, constam Bioética, Cidadania e Autonomia dos Sistemas Periciais, Bioestatística, Traumatologia e Tanatologia Forense.

O ingresso no mestrado é feito anualmente e se dá por meio de processo seletivo composto de quatro fases, realizada após homologação de inscrição para seleção e pagamento de taxa. A primeira fase consta de prova objetiva, ou subjetiva, indicada no edital de seleção e de caráter eliminatório. A segunda fase inclui prova de proficiência em língua inglesa, com tradução de post_content técnico pelos candidatos que tenham atingido a nota mínima de 6,0 na primeira fase. A terceira fase é de análise de currículo, que deve ser apresentado no formato Lattes e com a devida comprovação. Já a quarta fase é composta de entrevista.

Principais linhas de pesquisa do mestrado da UPE

Violência

Avalia os aspectos relacionados à violência, principalmente nos que há lesão corporal, estudando fatores de prevenção, identificação e legislação que tratem sobre o assunto.

Identificação Humana

Tem o objetivo de idealizar processos de identificação humana por meio do estudo da estimativa da idade, determinação do sexo, estimativa da estatura, cor da pele, do corpo íntegro, ou de parte putrefeito, carbonizado e reduzido a esqueleto.

Infortunística Perícia Civil e Auditoria em Gestão

Avalia o impacto social das decisões processuais, ou de cada instituto processual. Permite que se desenvolvam projetos nos quais se analisem a influência do processo sobre cada segmento da sociedade.

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Tonny
Author: Tonny

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