Movimento unificado dos servidores estaduais firme na luta por reajuste salarial e condições de trabalho
Entidades representativas do funcionalismo público estadual realizaram mais um ato de protesto da campanha salarial deste ano. Adupe esteve presente e deixou clara sua mensagem contra a política do desprezo do governo para com o serviço público e seus trabalhadores.
Com menos de um ano na gestão, Raquel Lyra já deu clara demonstração de desprezo por tudo o que é público, incluídos os trabalhadores do setor. Há seis meses os servidores das diversas categorias do funcionalismo público estadual tentam discutir suas pautas de reivindicações específicas, e, via Fórum dos Servidores (FSE), a pauta unificada, sem que o Governo adote, de fato, uma postura de negociação.
O descaso ficou evidente na última reunião da Mesa Geral de Negociação Permanente, realizada no dia 30 de outubro, ocasião em que a Secretária de Administração, Ana Maraiza, após seis meses de silêncio, anunciou que não haveria nenhum tipo de reajuste salarial neste ano, remetendo as negociações para o próximo ano.
Essa estratégia, no entanto, não tem sido suficiente para provocar o desânimo na luta dos servidores por salário digno, condições de trabalho e investimento no serviço público.
Na terça-feira passada (14/11), por exemplo, o movimento unificado deu mais uma demonstração de que não aceita o descaso de Raquel Lyra, com a realização de um ato público em frente à Assembleia Legislativa.
O protesto reuniu lideranças de dezenas de entidades sindicais, entre elas a Seção Sindical dos Docentes da Universidade
de Pernambuco (Adupe). As falas foram uníssonas: os trabalhadores não aceitam a política de desqualificação do serviço público adotada pelo governo de plantão.
“Queremos dizer que a nossa pauta salarial não pode mais esperar. A revisão do nosso PCCV não pode esperar, a recuperação do Sassepe não pode esperar. Queremos dizer a Raquel Lyra que chega de palavras vazias nas redes sociais, Não se governa através das redes sociais. É preciso e urgente que se reconheça a necessidade de reajustar os nossos salários, de discutir para valer as nossas pautas”, disse Terezinha Lucas durante o ato público.
Também estiveram presentes Luiz Oscar Cardoso Ferreira (Vice-Presidente), Joselma Cavalcanti Cordeiro (Representante da FCM) e e Lusanira Santa Cruz, do Conselho Fiscal.
O protesto da terça-feira é o quarto já realizado em torno da campanha salarial deste ano. O primeiro ocorreu no final de agosto, com uma barqueta no Rio Capibaribe. No dia 29 de setembro os sindicatos do funcionalismo público realizaram manifestações conjuntas no Recife, em Garanhuns e em Petrolina, com paralisações em algumas instituições. A penúltima ação ocorreu no dia 24 de outubro, com atos de protestos nas instituições estaduais (na UPE o ato correu em Frente à Reitoria, ocasião em que professores, servidores e alunos denunciaram o descaso do Governo de Raquel Lyra para com a universidade e sua comunidade).
“Nossa luta continuará firme e forte, até que o Governo do Estado demonstre realmente o interesse em discutir as nossas demandas, que são justas e que têm reflexo direto no serviço público prestado à população”, explica Luiz Oscar Cardoso Ferreira.