Governo nega reivindicações dos docentes da UPE
Adupe refuta argumento da crise e mostra que o que está em risco é o futuro da Universidade. Nova rodada de negociação está agendada para o início de julho
Aconteceu, na tarde desta terça-feira (16/06), a primeira rodada de negociação da pauta de reivindicações dos professores da Universidade de Pernambuco. A reunião foi realizada na Secretaria de Administração, com participação dos representantes da Adupe (Sérgio Galdino, Sérgio Campello e Itamar Lages) e do Secretário de Administração, Milton Coelho.
Utilizando o mesmo argumento que vem sendo apresentado às demais categorias, Milton Coelho anunciou que neste momento não atenderá as reivindicações dos docentes da UPE. Segue o Posicionamento do Governo registrado na memória de reunião:
Atendimento prejudicado em face do comprometimento do total de Despesa com Pessoal em relação à Receita Corrente Líquida (47,23%, segundo o 1º Quadrimestre/2015 do Relatório Fiscal) e dos impedimentos decorrentes da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Na sequência, a comissão de negociação composta por Sérgio Galdino (presidente da ADUPE), Sérgio Campello e Itamar Lages (como membros da comissão de negociação) partiram para a defesa da pauta. Após as argumentações feitas o governo entendeu a necessidade de reavaliar seu posicionamento para avançarmos em questões que causam pouco impacto na folha de pagamento e que, ao mesmo tempo, serão investimentos necessários para garantir o futuro promissor da UPE.
A retirada do limite de 50% de docentes por faixa, para fins de Progressão por Avaliação de Desempenho, Dedicação Exclusiva (DE) e ajustes na Matriz de Salários são pontos que sensibilizaram o governo.
Ao final de quase três horas de ricos debates na negociação foi encaminhado o agendamento de nova rodada de negociações entre os dias 08 e 13 de julho (com data a ser confirmada pela SAD).
O Governo prometeu fazer estudos relativos às questões levantadas. Neste tempo, a Adupe desenvolverá novos elementos e argumentos como preparação para a nova rodada.
Diante da perspectiva sombria afirmada pelo governo que a crise instalada no País possa se estender até junho de 2016, resta a esperança que nas futuras rodadas de negociações possamos avançar em questões que claramente podem ser resolvidas em curto prazo. Do contrário, fica em risco o futuro da UPE.