Governo Bolsonaro quer desmontar, de uma só tacada, CNPq, CAPES, FNDCT e FINEP

Adupe endossa manifesto das entidades contra a proposta de fusão e transferência das agências de fomento para o Ministério da Economia e BNDES.

Seguindo o script desenhado pelo golpe parlamentar/empresarial de 2016, o governo de Jair Bolsonaro dispara agora mais um ataque ao setor educacional Brasileiro. O alvo desta vez são as agência de fomento à CT&I, com a proposta de fusão do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e a transferência do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para o Ministério da Economia e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para o BNDES.

Em reação a essa mais nova medida absurda, dezenas de entidades acadêmicas, científicas e tecnológicas lançaram um manifesto na semana passada. O documento, inicialmente assinado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e outras 11 instituições, foi divulgado na sexta-feira, 11 de outubro, e encaminhado aos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, e aos ministros da Secretaria de Governo da Presidência da República, da Casa Civil, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, da Economia, Paulo Guedes, e da Educação.

Segundo a carta emitida pelas entidades científicas, a proposta de fusão do CNPq e Capes é uma medida equivocada que poderá trazer consequências comprometedoras, tanto para o sistema de ensino brasileiro, como para o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI).  

A Adupe referenda o manifesto, por entender que se trata de mais uma das inúmeras medidas que vem sendo adotadas com o intuito de desmonte da educação pública do país, medidas essas que são conseqüências do golpe perpetrado contra o país em 2016.

 LEIA AQUI a íntegra do manifesto

Relembre aqui algumas das medidas adotadas após o golpe de 2016:

1 – Aprovação da Emenda Constitucional 95/2016, que impôs ao país o congelamento dos gatos com educação e saúde.
2 – Reforma do Ensino Médio
3 – Intervenção, inclusive com uso de forças militares, na autonomia das universidades e institutos federais de educação
4 – Ataques à Liberdade de Cátedra (Escola sem Partido)
5 – Cortes nas verbas educacionais
6 – Programa “Future-se”, lançado em julho pelo Ministério da Educação, que interfere na autonomia das universidades e representa a entrega das instituições aos interesses econômicos do setor privado.
7 – Nomeação de reitores das IFES fora da lista tríplice, em desrespeito à vontade da comunidade acadêmica.8 – Ataque aos professores, por parte do ministro da Educação, classificando-os como improdutivos e dispendiosos para o governo. “Eu tenho que ir atrás de onde está a zebra mais gorda, que é o professor de uma federal, com dedicação exclusiva, que dá oito horas de aulas por semana e ganha de R$ 15 mil a R$ 20 mil por mês”. Disse Weintraub em recente evento.

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Author: comunicacao

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