Governo adota tática do descaso na relação com os servidores
Três anos de congelamento salarial. Nenhuma resposta à pauta de reivindicações. Esta tem sido a forma adotada pelo Governo do Estado na relação com as diversas categorias do serviço público, entre elas a dos professores da Universidade de Pernambuco (UPE).
No caso dos docentes da UPE, a categoria reivindica a reposição das perdas salariais dos três últimos anos. De acordo com o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a defasagem salarial já totaliza 24,86%.
Ainda em Dezembro de 2016 por ocasião de realização da Mesa Geral Permanente de Negociação Permanente, o Secretário da Administração, senhor Milton Coelho se comprometeu a receber os dirigentes da ADUPE para iniciar o processo de negociação salarial, cuja reivindicação de 24,86% havia sido aprovada na Assembleia Geral dos docentes do mês de novembro daquele ano.
Desde a entrega da pauta de reivindicações, ocorrida em abril de 2017, a ADUPE vem tentando de todas as formas abrir o canal de negociação com o Governo do Estado. Em junho, na reunião da Mesa Geral de Negociação Permanente, o secretário Milton Coelho (Administração) se comprometeu em estabelecer um calendário de reuniões das mesas de negociações específicas (é quando as categorias negociam separadamente com o Governo), mas até o momento as datas dos encontros não foram divulgadas.
Por solicitação da ADUPE , o Conselho Universitário da UPE aprovou, em reunião ordinária realizada no dia 30 de agosto, envio de ofício ao secretário Milton Coelho, solicitando o agendamento de reunião para tratar da pauta de reivindicações dos docentes e servidores técnicos administrativos da UPE. O pedido foi feito através do ofício 726, assinado pelo presidente do CONSUN, Pedro Falcão, mas até o momento não há resposta para o mesmo.
Em outra frente, o Fórum dos Servidores Estaduais, que reúne as entidades sindicais das diversas categorias do funcionalismo público encaminhou ofício ao Governador do Estado, Paulo Câmara, exigindo a abertura das negociações. Diante do silêncio governamental, o fórum prepara novas mobilizações como forma de contraposição à estratégia do descaso adotada pelo governo do Estado.