FORUM SOCIAL – Alternativas ao neoliberalismo

Combate ao imperialismo e construção de alternativas ao neoliberalismo

Por: Leonardo Wexell Severo

Membro da executiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e dirigente da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) do Brasil, Antonio Carlos Spis, foi escolhido para dirigir a assembléia dos movimentos sociais, realizada nesta quarta-feira, 25, no Fórum Social Mundial.

Compuseram a mesa com Spis o dirigente guatemalteco Juan Tinei, da Coordenação Latino-Americana de Organizações do Campo (CLOC) e da Via Campesina: a cubana Gisleide Sosa, presidente da Organização Continental Latino-Americana de Estudantes (OCLAE) e a brasileira Júlia di Giovanni, da Marcha Mundial de Mulheres.

Saudando os participantes do Fórum, Spis ressaltou o significado da revolução bolivariana, “que tem resistido e vencido aos constantes ataques do imperialismo e da mídia anti-nacional”.  Para o dirigente cutista, “o controle de um setor estratégico como o petróleo pela nação venezuelana faz parte da visão estratégica que coloca as riquezas nacionais a serviço da coletividade e não de uma elite. Da mesma forma, estamos ao lado do povo boliviano, em defesa do gás e do petróleo, que devem estar à disposição da construção do progresso e do desenvolvimento econômico e social”.

O líder guatemalteco Juan Tinei lembrou que há uma grande expectativa com as alternativas propostas pelo FSM, principalmente em relação à luta contra a Alca e os tratados de livre comércio (TLCs). “Da nossa parte, estamos em luta contra o neoliberalismo e em defesa da agricultura, que não pode ser tratada como outra mercadoria qualquer, pois diz respeito à soberania alimentar dos povos. Devemos estar unidos para impedir que as transnacionais continuem impondo seus transgênicos, o assalto a nossa biodiversidade, espalhando a fome e a miséria pelo planeta”, declarou.

NEOCOLONIALISMO – Para a presidente da Oclae, Gisleide Sosa, chegou a hora da grande família do Fórum Social Mundial reafirmar uma vez mais sua luta contra a política imperial, por tudo o que significa: “Opressão aos direitos humanos, pilhagem e crime. “Manifestamos aqui nossa solidariedade com todos os presos e torturados nas bases militares estadunidenses pelo mundo, nossa solidariedade às crianças sem alimento, educação e cultura. Com nossa luta, construiremos um outro mundo de paz e justiça”, frisou.

Em nome da Marcha Mundial de Mulheres, Júlia di Giovanni denunciou “o crescimento dos mercados de prostituição e tráfico sexual, que movimentam US$ 52 bilhões anuais, só ficando atrás do tráfico de drogas e de armas”. Segundo Júlia, esses números refletem “o crescimento da mercantilização, da perda de direitos e o fechamento de postos de trabalho nos países da periferia do capitalismo global. Como resposta a esses abusos, as mulheres estão ocupando papel de destaque na luta pelos direitos sociais, contra a desigualdade salarial e o imperialismo”.

UNE – O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) do Brasil, Gustavo Petta, enfatizou a importância dos movimentos sociais estarem unificando suas agendas. “As maiores manifestações realizadas no planeta foram contra a guerra no Iraque, convocadas exatamente pelos movimentos sociais no FSM de Porto Alegre. É preciso agora dar continuidade, com unidade, a esse movimento, para que tenhamos êxito nas novas batalhas que estão por vir”, concluiu Petta.

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Author: Tonny

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