Estudantes de escolas públicas, negros e índios fora da reforma universitária
A Reforma Universitária, que vem sendo discutida no Executivo desde junho do ano passado, continua trazendo polêmica. Desta vez, o anúncio da retirada das cotas para negros, índios e alunos de escolas públicas não agradou aos militantes dos movimentos sociais ligados ao tema.
Segundo o Ministério, já há um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados sobre o tema. O PL nº 3.627/04, que falta passar pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) para depois seguir para o plenário da Casa, seria, então, o responsável pelo programa de cotas nas universidades públicas.
A proposta é um pedido antigo dos reitores das universidades, que a princípio pediam o prazo de dez anos para a implantação do programa de cotas.
A proposta está sofrendo alterações e também modificações em seu post_content para se adequar constitucionalmente. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o martelo ainda não foi batido. “Estamos vendo como tramita o post_content das cotas na Câmara”, concluiu Haddad.
A favor das cotas
O Movimento dos Sem Universidade (MSU) aliado a Educafro, entre outras entidades dos movimentos sociais, não gostaram da retirada do artigo que obriga a criação das cotas nas universidades.
Segundo o presidente da ONG Educafra, frei David Santos, “é um erro estratégico e muito precipitado”. O frei acha que assim o governo irá se mostrar fraco na defesa dos mais necessitados.
Enquanto o governo abria concessões para os reitores de universidades, as organizações trabalharam junto a Câmara dos Deputados para agilizar a tramitação do PL 3.627/04, que é de autoria do Executivo.
Fonte: Agência DIAP