Estado negocia hoje com servidor da saúde – Publicado em 12.11.2004
A segunda negociação entre o Governo e os servidores estaduais da saúde, prevista para as 15h de hoje, foi antecipada para as 9h. A reunião será na sede da Secretaria de Administração e Reforma do Estado, com a presença de representantes do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), entidades sindicais e conselhos de enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e de outros profissionais. O resultado desse encontro pode reforçar a decisão de greve, já tomada pelos trabalhadores, ou levar à suspensão do movimento.
Os servidores da saúde lutam por melhores salários e já decretaram uma paralisação a partir da próxima quarta-feira. Querem reajustes semelhantes aos conquistados por médicos e cirurgiões bucomaxilofaciais. Os funcionários de nível superior esperam ter o salário-base reajustado de R$ 488 para R$ 1.250. Os de nível médio reivindicam correção dos atuais R$ 181 para R$ 600. Os de nível elementar querem passar de R$ 157 para R$ 350.
Embora anunciada, a operação-tartaruga dos servidores estaduais da saúde não foi visível ontem nas emergências e ambulatórios dos grandes hospitais localizados no Recife. Os profissionais não-médicos preparam uma greve para a próxima quarta-feira e estavam dispostos a reduzir o ritmo de trabalho antes mesmo da paralisação. Mas, segundo Perpétua Rodrigues, a diminuição do ritmo de trabalho, ontem, ocorreu mais nas áreas administrativas.
Segundo ela, caso o Governo do Estado apresente uma contraproposta compatível com a reivindicação dos servidores, uma assembléia extraordinária poderá ser convocada antes de quarta-feira. Para reajustar o salário de servidores ainda este ano, o Governo do Estado terá que enviar até terça-feira uma mensagem à Assembléia Legislativa. Os funcionários da saúde somam mais de 20 mil pessoas. Eles atuam nos cinco grandes hospitais localizados no Recife (Restauração, Otávio de Freitas, Getúlio Vargas, Barão de Lucena e Agamenon Magalhães), nos regionais do interior e em serviços menores.
Fonte: Jornal do Commércio – 12.11.2004
