Encontro debate mulher na ciência e tecnologia
A mulher na ciência e tecnologia. Esse foi o tema do colóquio realizado segunda feira passada (28/03), no auditório da Faculdade de Ciências Médicas da UPE, como parte das comemorações alusivas ao mês da mulher. O encontro foi promovido pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Governo do Estado (Sectec), com apoio da Adupe, do Diretório Central dos Estudantes da UPE e do Diretório Acadêmico de Medicina da FCM, e contou com a presença professores, estudantes, autoridades, pesquisadoras e representantes do movimento estudantil do Estado.
Para Bárbara Krause, da Secretaria Estadual da Mulher, “o encontro é uma iniciativa especial, uma vez que a ONU declarou 2011 como o ano da ‘mulher na ciência’, além de comemorarmos o centenário do primeiro Prêmio Nobel de Química concedido a uma mulher, a polonesa Marie Curie”.
A deputada federal e ex-secretária estadual de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, acrescentou em sua fala que esse é um debate necessário se formos pensar numa sociedade justa e igualitária. “Em pleno século XXI, ainda há muitas distorções sobre a participação da mulher na ciência, porém, já evoluímos muito. Nas bolsas do CNPq, por exemplo, as mulheres têm uma representatividade de 49%, equiparando-se ao percentual masculino”, pontuou.
Sobre a questão discriminatória nas relações de gênero, a pesquisadora Rita Zorzenon, do departamento de Física da UFPE, acrescentou que é preciso uma política para combater esse tipo de prática, que acontece nos mais diversos campos de atuação. “A violência contra a mulher também é vista dentro da academia. É a coação. Precisamos lutar contra essa forma de discriminação”, declarou.
Endossando as opiniões das palestrantes, não faltou uma colocação masculina. O secretário de Ciência e Tecnologia, Marcelino Granja, fez sua saudação aos participantes do evento, formado na sua maioria por mulheres. “A inclusão das mulheres nesse processo de produção do conhecimento, de formação de recursos humanos em ciência e tecnologia, é fundamental para o projeto nacional de desenvolvimento, para a soberania. Um Estado democrático se faz dessa forma”, finalizou.
Com informações da SECTMA