Docentes das Estaduais e Municipais preparam luta nacional contra ataques
Em meio à grave crise econômica, política e social que o Brasil vive, salta aos olhos a situação de penúria pela qual passam diversas Instituições Estaduais e Municipais de Ensino (Iees/Imes). Trabalhadores terceirizados estão sendo demitidos, bolsas e assistência estudantil estão sendo cortadas e há estados, como o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Norte, onde os docentes e servidores recebem seus salários de maneira atrasada.
Na Universidade de Pernambuco (UPE) a situação não é diferente. Além do contingenciamento de recursos imposto pelo Governo do Estado, os professores da instituição estão com seus salários congelados há três anos, o que já representa uma redução de 24,86% na remuneração. O quadro é difícil também para os docentes em contrato temporário, que inclusive tiveram que conviver com o atraso nos salários no primeiro semestre deste ano. Em meio a tudo isso, o secretário de Administração, Milton Coelho tem se negado ouvir as representações sindicais.
De acordo com o secretário geral do Sindicato Nacional dos Docentes – ANDES, Alexandre Galvão, grande parte dos governos não quer sequer negociar com o movimento docente. “Não negociam para não pagar a reposição inflacionária e para manter os ataques à carreira, como a falta de concursos públicos e o congelamento de progressões e promoções”. Diz.
Considerando que os ataques ao ensino superior público partem de um projeto geral e comum, o Setor das Instituições Estaduais e Municipais do ANDES prepara um plano de luta nacional para se contrapor aos ataques. A proposta será debatida no Encontro do Setor das Iees/Imes, que ocorrerá em Mossoró (RN) entre os dias 7 e 9 de setembro.
O Encontro servirá para acumular a troca de informações entre as seções sindicais sobre a situação das instituições em cada estado e município. Durante o encontro será articulada a formação de uma frente nacional em defesa do ensino superior publico estadual.
Com informações do Andes-SN