Docentes da UFPE cobram a reitor promessas de campanha – Publicado em 12.11.2004
Panfletagem, apresentações culturais, discursos, mobilização nas salas de aula, marcha e debate marcaram, ontem, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Dia Nacional de Paralisação nas Universidades e de Luta contra a Mercantilização da Educação. Segundo o presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), Heitor Scalambrini, cerca de 80% das atividades da universidade foram suspensas.
Além de realizar um ato contra a reforma universitária que vem sendo conduzida pelo Governo Federal, os docentes aproveitaram para cobrar do reitor Amaro Lins algumas promessas de campanha. “Entregamos uma carta ao reitor onde cobramos, entre outros pontos, a instalação de uma estatuinte, pois defendemos a revisão do estatuto da UFPE, que não prevê a participação de técnicos no Conselho Universitário. Foi uma das primeiras promessas de Amaro durante a campanha”, destacou Heitor.
“Somos favoráveis à reforma universitária, mas não há consenso em relação às propostas apresentadas pelo Governo. O ato de hoje (ontem) serviu para mostrar isso à sociedade. O Governo quer privatizar as universidades”, observou o presidente da Adufepe
A paralisação de ontem serviu ainda para organizar a participação de Pernambuco na grande marcha nacional que ocorrerá em Brasília no próximo dia 25, em defesa da universidade pública e gratuita e pela reforma agrária. Conforme Heitor, está confirmada, até agora, a ida de quatro ônibus para Brasília, com cerca de 200 pessoas.
Fonte: Jornal do Commércio – 12.11.2004