Adupe solidária ao movimento dos auxiliares e técnicos de enfermagem da rede pública
A Seção Sindical dos Docentes da Universidade de Pernambuco (Adupe) manifesta solidariedade aos auxiliares e técnicos de enfermagem da rede estadual de saúde, em greve desde o dia 30 de janeiro passado por salário digno e por melhores condições de trabalho para um melhor atendimento à população.
Assim como a maioria dos servidores, os auxiliares e técnicos de enfermagem vêm tendo sua remuneração reduzida a cada ano, em conseqüência do congelamento dos salários imposto pelo Governo do Estado. No caso dos companheiros e das companheiras da saúde a situação é ainda mais grave, pois o congelamento salarial já ultrapassa os dez anos. A maioria deles tem salário-base de R$ 774,00, valor abaixo do salário mínimo (R$ 1.045,00), sendo necessária a vergonhosa complementação através de abono.
Ao invés de serem tratados com repressão, como a que foi utilizada na quarta-feira passada (12/02/2020), os trabalhadores da saúde precisam ser ouvidos pelo Governo do Estado. O uso da violência não resolve as precárias condições salariais e de trabalho das quais são vítimas os servidores do Estado. Espera-se, pois, do poder público a abertura do canal de negociação.
Aos companheiros e às companheiras do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem de Pernambuco (Satenpe) a nossa solidariedade.
Leia abaxo nota de repúdio emitida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE)
NOTA DA CUT-PE | Polícia e violência contra mobilização dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem
CUT PE reafirma a necessidade de diálogo que possibilite um ambiente de negociação.
A CUT Pernambuco repudia veementemente a violência policial utilizada contra a mobilização dos técnicos em enfermagem , assim como repudia a detenção do Presidente do SATENPE- Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco, Francis Herbert.
O uso da violência nos conflitos trabalhistas não resolve as distorções salariais e as precárias condições de trabalho da maioria dos servidores do estado.
As bombas de gás lacrimogêneo e a detenção só servem às forças ávidas pela violência e que desprezam a democracia.
Por fim, a CUT PE reafirma a necessidade de diálogo que possibilite um ambiente de negociação.
Recife, 12 de fevereiro de 2020
