A Dedicação Exclusiva que defendemos
Entre os impasses verificados na negociação da pauta de reivindicações dos professores da Universidade de Pernambuco está a questão da Dedicação Exclusiva (DE). Diferentemente daquela que vinha sendo negociada, a proposta governamental apresentada pelo secretário Ricardo Dantas (Administração) na última reunião com os dirigentes da Adupe, não modifica a essência do atual do sistema.
Primando pelos interesses do conjunto dos professores a ADUPE tem se posicionado contrária à Dedicação Exclusiva nos moldes em que ela está Posta. Trata-se de uma pseudo-dedicação exclusiva, que adota uma condição provisória e uma gratificação nominal.
Veja, aqui, o modelo defendido pelo sindicato:
•Dedicação Exclusiva com regime de trabalho;
•Gratificação atrativa para os integrantes do sistema, devendo a mesma ser considerada para fins de aposentadoria;
•Acesso ao regime aberto a todos os docentes, com base em critérios objetivos estabelecidos pelos órgãos internos da própria Universidade;
•Aumento vegetativo do número de professores no sistema, de modo a que esse quantitativo chegue, nos próximos três anos, a 50% do quadro de pessoal.
Entendemos que esse modelo proporciona:
1. O direito docente de pensar e executar projetos de longo prazo, visto que ele terá condições de incorporar aos seus rendimentos mensais um aporte de recursos que justifique dedicar seu tempo, inteligência e talento à UPE;
2. Uma relação gestão-docente pautada em um planejamento de longo prazo necessário à formação profissional, à extensão e à pesquisa, portanto, a uma UPE com todos os atributos de uma Universidade pública de qualidade.
3. Eficiência à gestão governamental e à gestão institucional visto que os recursos a serem investidos podem responder a planejamentos de longo prazo, conforme o interesse e a necessidade da população pernambucana, em vez do caráter esporádico e de iniciativa individual.