Estado promete enviar projetos à Alepe 2ª feira – 18.03.2006
Depois de acirrar os ânimos dos servidores, ao retirar projetos de lei de planos de cargos e carreiras da Assembléia Legislativa (Alepe) na noite de anteontem, o governo estadual reabriu negociações com as categorias. Até a tarde de ontem, os sindicatos acreditavam que o Estado só concederia o reajuste linear de 8% a 10%. Mas, depois de reunião com o secretário de Administração e Reforma, Maurício Romão, ficou acertado que os projetos de lei seguem para a Alepe na segunda-feira.
Na opinião dos trabalhadores, o governo retirou os projetos para perder o prazo de votação das leis, que vai até 3 de abril. Dessa maneira, os funcionários não teriam direito este ano à ascensão salarial por tempo de serviço e qualificação profissional, definida pelos planos de cargos.
Mas Romão argumentou que os projetos referentes aos servidores da Defesa Social, UPE, Detran e Saúde tinham problemas técnicos e financeiros. Por causa disso e das greves, vai reformular os post_contents com participação dos sindicatos.
“Foi uma atitude coerente. Pelos planos, certas categorias teriam um aumento grande e outras iam ter até decréscimo de salário”, explicou. Os deputados Isaltino Nascimento e Sérgio Leite (ambos do PT) disseram que, se necessário, o prazo de envio à Alepe pode ser estendido.
Duas propostas foram apresentadas aos servidores na reunião. A primeira era deixar os planos de cargos para depois e dar apenas o reajuste linear. A segunda, que foi aceita, era mandar os projetos de volta à Alepe, ajustando o enquadramento das remunerações. As normas do aumento de salário por tempo de serviço e por qualificação seriam enviadas na forma de lei complementar ao longo de 2006.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Pernambuco, Renílson Oliveira, avaliou positivamente a reunião. “Queremos tirar o máximo de servidores que ganham menos que um salário mínimo dessa situação, melhorando também o nível médio e superior. O que não dá é reenviar os projetos como estavam antes.” (Fonte: Jornal do Commércio – 18/03/2006)
