Aposentados cobram reajuste
No Dia do Aposentado, sindicato da categoria cobra a recomposição salarial. Atualmente, 64,2% dos segurados ganham o salário mínimo
No Dia Nacional do Aposentado – comemorado na mesma data do aniversário da Previdência Social, que completa hoje 83 anos – os idosos levantarão a bandeira da recomposição salarial e da melhoria no tratamento e atendimento a um grupo que representa 8,9% da população. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas da Central Única dos Trabalhadores (Sintap/CUT) aproveita a ocasião para lançar a Campanha Salarial Nacional dos Aposentados. A intenção é acompanhar mais de perto as discussões em torno do reajuste do salário mínimo, uma vez que que 64,2% dos inativos brasileiros recebem R$ 300. O Dia do Aposentado também será marcado com o anúncio do governo federal do novo valor do mínimo.
O objetivo do Sintap é criar um calendário permanente de mobilização, atuando de forma mais ativa nas discussões sobre o salário mínimo. A intenção é estabelecer janeiro como data-base dos aposentados para início das discussões com o governo. “É preciso recuperar o poder de compra do aposentado”, explica Epitácio Epaminondas, secretário de Finanças, Patrimônio e Comunicação do Sintap.
Os aposentados querem a construção de um mecanismo que não permita a corrosão dos benefícios. Hoje, apenas o menor benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é reajustado pelo mesmo percentual adotado na correção do salário mínimo, mas os demais pagamentos são revisados pela inflação medida pelo INPC. Ou seja, não têm reajuste real. Uma das propostas é indexar, como era até o fim da década de 80, todo benefício do INSS ao salário mínimo.
João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical, defende a correção dos benefícios por um valor superior ao adotado no salário mínimo. Inocentini argumenta que a inflação para os idosos é maior e isso deve ser observado a cada ano. Mas o índice registrado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) como inflação dos idosos em 2005 foi de 5,05%, percentual maior que a inflação geral de 4,93%, porém menor do que o reajuste proposto de 16% para o mínimo. (Fonte: Jornal do Commércio)