Marcha Nacional do Salário Mínimo leva trabalhadores a Brasília
No dia de hoje, trabalhadores de todos os Estados brasileiros realizam a 2ª Marcha a Brasília pela Valorização do Salário Mínimo. Também participam da manifestação, organizada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e pela CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), a CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), a SDS (Social Democracia Sindical), a CAT (Central Autônoma dos Trabalhadores) e a CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil).
Os manifestantes se concentram às 8h, na entrada da cidade de Candangolândia, às margens da estrada Parque Indústria e Abastecimento, de onde seguem até a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em um percurso de 14,5 km. A chegada à Esplanada está prevista para 15h.
Bandeiras
Durante a marcha, as principais bandeiras que os trabalhadores vão defender são: um salário mínimo de R$ 400; o reajuste de 13% na tabela do Imposto de Renda e a redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem diminuição de salário. A CUT também vai apresentar a proposta da taxação das grandes fortunas como alternativa para formar um fundo de valorização do salário mínimo, por meio da cobrança de 1,5%, em uma única vez, de quem possua patrimônio declarado superior a 8.000 salários mínimos (R$ 2,4 milhões).
Os manifestantes querem a adoção de políticas de valorização do salário e não apenas de recuperação do poder de compra. Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), o salário capaz de atender às necessidades vitais básicas (moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social) de uma família formada por um casal e dois filhos seria de R$ 1.468,24 (valor calculado em outubro de 2005).
Encontro com parlamentares
Às 17h, haverá uma audiência entre representantes das delegações e os ministros do Trabalho, Luiz Marinho; da Fazenda, Antônio Palocci; do Planejamento, Paulo Bernardo; e da Casa Civil, Dilma Roussef, quando a pauta de reivindicações será entregue. Após um ato político, marcado para as 19h na Esplanada, os manifestantes encerram a manifestação com um abraço ao Congresso Nacional, previsto para as 21h.
No dia 30, em horário a ser confirmado, representantes das delegações entregam a pauta de reivindicações ao Congresso, durante audiências com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e com o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).