Servidores da UPE decidem paralisar atividades – Publicada em 29.11.2004
Assim como os servidores da Saúde, em greve há 13 dias, os 2.674 servidores da Universidade de Pernambuco prometem cruzar os braços na próxima quarta-feira. A categoria reivindica o mesmo reajuste salarial concedido aos médicos pelo Governo do Estado. A decisão foi tomada em assembléia realizada hoje (29) pela manhã, no Auditório da Faculdade de Ciências Médicas, devendo ser referendada em nova assembléia na quarta-feira.
“Desde abril tentamos estabelecer um canal de negociação da nossa pauta de reivindicações, mas o Governo do Estado não tem dado a mínima. A situação salarial dos servidores da UPE é caótica. Em 9 anos tivemos apenas 8% de reajuste salarial. A defasagem já é tanta que muitos têm remuneração abaixo do salário mínimo”, denuncia o presidente do Sindicato dos Servidores da UPE, Heleno Santos”.
Segundo o dirigente, o nível de insatisfação aumentou depois que o Governo do Estado negociou reajustes diferenciados para algumas categorias. “Não aceitamos essa discriminação, queremos o mesmo tratamento ou vamos partir para o confronto”, adverte.
A reivindicação é compartilhada pelos professores da UPE. Apesar de o fim período letivo estar próximo, a presidente do Sindicato dos Professores, Maria Auxiliadora disse que a categoria vai brigar também pelo mesmo índice de reajuste concedido aos médicos.
Caso a greve seja deflagrada, os hospitais universitários Oswaldo Cruz e Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros funcionarão apenas com os serviços de emergência. Juntos, os dois hospitais realizam, diariamente, cerca de 1.320 atendimentos ambulatoriais.
O corpo de servidores da Universidade de Pernambuco é formado por 2.674 funcionários técnicos-administrativos e 776 professores.
Francisco Libório – Ass. Imprensa/Adupe