Fazendários rejeitam proposta
Os fazendários rejeitaram ontem a proposta da Secretaria da Fazenda, que prevê 6% de reposição salarial em novembro e 6% em fevereiro de 2005. Pela proposta, o aumento incidirá sob o vencimento base que varia de R$ 2.700 a R$ 8.000 e inclui os ativos, aposentados e pensionistas. No total são 2.200 servidores do Fisco. A categoria decidiu em assembléia realizar reuniões setoriais a partir de hoje na capital e Interior, para costurar uma contraproposta a ser apresentada à administração fazendária até quarta-feira. Foi mantido o estado de greve e alerta até a assembléia do próximo dia 28.
O presidente do Sindifisco, José Jorge Amaral, considera que a proposta ficou aquém das expectativas da categoria. Pelos cálculos do sindicato, as perdas salariais acumuladas somam 57%. De acordo com Amaral, a proposta apresentada pelo secretário Mozart Siqueira não inclui as demais reivindicações dos auditores. Ele cita a reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV), a concessão do porte de arma e a realização de concurso público. O Sindifisco estima a defasagem de 400 vagas no quadro da Fazenda.
Amaral acrescentou que a proposta não significa aumento salarial, porque o percentual de 6% em duas vezes será calculado sobre a Gratificação de Atividade Fazendária (Graf) e do percentual das multas. Segundo ele, a assembléia decidiu realizar reuniões plenárias setoriais para ouvir o conjunto dos auditores e elaboarar uma contraproposta.
O DIARIO procurou o secretário Mozart Siqueira, mas ele se negou a falar sobre as negociações com o Fisco. A assessoria da Fazenda informou que a proposta apresentada prevê a reestruturação do PCCV. Informou ainda que a mesma política salarial foi adotada pela Polícia Militar, Polícia Civil, Secretaria da Educação, Secretaria de Saúde e está sendo implantada na Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Fonte: Diário de Pernambuco – 22/10/04