Hélia Pereira sepultada no Parque das Flores
A professora de História e atuante dirigente sindical Hélia Pereira, 56 anos, morreu ontem de manhã em conseqüência de complicações decorrentes da hepatite C. O corpo foi velado à tarde na capela da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), onde lecionou por mais de 30 anos. O sepultamento, às 17h, no Cemitério Parque das Flores, foi acompanhado por companheiros de profissão e sindicato, alunos, amigos e familiares.
“Estamos órfãos”, resumiu a professora Socorro Nunes, da diretoria do Sindicato dos Professores no Estado de Pernambuco (Sinpro), da qual Hélia fazia parte. Valéria Silva, da direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT), destacou a luta de Hélia, nas campanhas salariais, em defesa dos professores particulares. “Era respeitada por todos. É uma grande perda para sua categoria e para o movimento sindical”, disse.
A missa de corpo presente foi celebrada pelo reitor da Unicap, padre Theodoro Peters. “Vamos suplicar a Deus, que é nosso pai, e que pode nos confortar na dor e no sofrimento da separação”, pediu. O caixão com o corpo de Hélia foi coberto com as bandeiras da CUT e do Partido dos Trabalhadores (PT). Dezenas de coroas de flores foram enviadas por colégios, sindicatos e pelo prefeito do Recife, João Paulo.
Além da Unicap, ela foi professora dos Colégios Marista (durante 28 anos) e Salesiano (por mais de 10 anos). Lutou incansavelmente contra o fechamento do Marista, que considerava um símbolo na educação do Recife.
Hélia descobriu a enfermidade em setembro do ano passado, quando iniciou o tratamento. Contraiu anemia e pneumonia e foi internada no dia 26 de setembro no Hospital Esperança, onde entrou em coma e faleceu às 7h de ontem. Era casada com Janildo Chaves e tinha seis filhos, dois deles adotivos.
Fonte: Jornal do Commércio – 07/10/2004