Dia de Luta | Servidores cobram reposição salarial, concurso público e melhores condições de trabalho
Ato público foi realizado no centro do Recife. Comissão formada por representantes de cinco entidades sindicais (entre elas a Adupe) foi recebida no Palácio do Campo das Princesas.
Servidores das diversas categorias do funcionalismo estadual foram às ruas do Recife na manhã de ontem (03/02) para denunciar a situação do serviço publico e exigir reposição salarial e melhores condições de trabalho.
Mesmo com caráter simbólico (devido à pandemia, as entidades sindicais não incentivaram a participação presencial), a manifestação contou com grande número de servidores.
A Adupe esteve presente no ato, que teve início às 10h, em frente à Assembleia Legislativa. Da Alepe os servidores seguiram em caminhada até a sede do Governo do Estado, portando faixas e gritando palavras de ordem pelo fim do congelamento salarial que completará oito anos em junho próximo.
Uma comissão formada por representantes de cinco entidades sindicais (Adupe, Sindupe, Sintepe, Sindsaúde e Sindsaaf) e da CUT foi recebida pelo Secretário Executivo da Casa Civil, Eduardo Figueiredo e pelo Chefe de Gabinete da Secretaria de Educação, Elly Anderson Teodósio da Silva.
Durante o encontro os dirigentes sindicais reiteraram as reivindicações da pauta unificada apresentada ao governo do Estado, que pede a reposição das perdas salariais dos dois últimos anos, melhorias estruturais na rede do serviço público, realização de concursos públicos para ocupação das vagas em aberto e a retomada das negociações especificas de cada categoria. A necessidade do tratamento isonômico no processo de negociação também foi ressaltada nas falas dos dirigentes sindicais.
No início de janeiro o Governo apresentou uma proposta para os servidores, que consiste no pagamento de um abono salarial sob a nomenclatura de “Parcela Remuneratória de Valorização do Servidor – PARES”, com valores fixados por nível de formação exigida para o cargo (R$ 250,00 para nível fundamental, R$ 400,00 para nível médio e R$ 500,00 para nível superior).
A medida tem sido vista pelas entidades sindicais como um artifício, pois tem caráter transitório e é instrumento alheio aos Planos de Cargos, Carreiras e Vencimentos.
Representando a Adupe na reunião com o secretário Eduardo Figueiredo, o presidente da entidade, Luiz Oscar Cardoso Ferreira cobrou a ampliação do benefício do auxílio refeição para os docentes da UPE e a continuidade das negociações específicas da categoria.
Ao final da reunião, Eduardo Figueiredo garantiu que as demandas apresentadas pela comissão serão tratadas diretamente com o Governador do Estado e destacou que a determinação do governo é no sentido de que as negociações sejam conduzidas igualitariamente para todas as categorias.