Em derrota para governo Bolsonaro, Senado rejeita nova reforma trabalhista

 O Senado Federal rejeitou nesta quarta-feira (1º), com 47 votos contrários e 27 favoráveis, a proposta de uma nova reforma trabalhista. O projeto criaria novos regimes de contratação para jovens e vagas sem direito a férias, 13º salário e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
O texto da Medida Provisória 1.045 havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados. O Senado tinha até a próxima terça-feira (7) para votar a medida.
Com exceção do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e do relator, os 30 senadores que discursaram durante o debate da proposta defenderam a rejeição do texto.
Trata-se de uma vitória importante para a classe trabalhadora nessa guerra conduzida pelo governo Bolsonaro com o objetivo extinguir todos os direitos dos trabalhadores. A vitória demonstra que a pressão das centrais sindicais, sindicatos e trabalhadores junto ao Congresso Nacional funciona.
Saiba quais são os principais pontos que precarizariam ainda mais as relações de trabalho na proposta rejeitada:
• Nova modalidade de trabalho, sem direito a férias, 13º salário e FGTS (chamada de serviço social voluntário);
• Outra modalidade de trabalho, sem carteira assinada (Requip) e sem direitos trabalhistas e previdenciários; trabalhador recebe uma bolsa e vale-transporte;
• Programa de incentivo ao primeiro emprego (Priore) para jovens e de estímulo à contratação de maiores de 55 anos desempregados há mais de 12 meses; empregado recebe bônus no salário, mas o FGTS é menor;
• Redução no pagamento de horas extras para algumas categorias profissionais, como bancários, jornalistas e operadores de telemarketing;
• Aumento no limite da jornada de trabalho de mineiros;
• Restrição à Justiça gratuita em geral, não apenas na esfera trabalhista;
• Proibição a juízes anularem pontos de acordos extrajudiciais firmados entre empresas e empregados;
• Proibição a juízes anularem pontos de acordos extrajudiciais firmados entre empresas e empregados; e
• Maior dificuldade para a fiscalização trabalhista, inclusive para casos de trabalho análogo a escravo.  * Com informações do DIAP e da CUT
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