Primeiro de junho marca sexto ano de congelamento salarial dos docentes da UPE
Perdas já somam mais de 30%. Além dos salários, permanecem estagnados outros itens da pauta de reivindicações negociados pela Adupe com o Governo do Estado.
Para os professores e professoras da Universidade de Pernambuco, o dia primeiro de junho de 2020 não é apenas mais um dia no calendário. A data chega como marca amarga do sexto ano de congelamento dos salários da categoria.
Como se sabe, o último reajuste salarial ocorreu em junho de 2014, como parte do acordo firmado em 2011 entre a Adupe e o Governo do Estado, que na ocasião
estabeleceu reajustes anuais de 6% nos anos de 2011, 2012, 2013 e 2014.
De acordo com as estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a defasagem salarial dos docentes já ultrapassa os 30%, apenas no período do governo Paulo Câmara, que vem adotando a política do reajuste zero.
Além do congelamento dos salários, permanecem estagnadas a migração para o novo Regime de Trabalho de Dedicação Exclusiva, a definição dos novos critérios de progressão ao cargo de Professor Associado, a equalização dos vencimentos do Professor Titular e a realização de concurso publico para este cargo. Esses itens constam na pauta de reivindicações apresentada pela Adupe, alguns deles já negociados, mas não cumpridos pelo Governo. (Baixe aqui).
Como resposta à pauta dos docentes, o Governo do Estado alega estar impedido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, uma vez que os gastos com pessoal estão acima do limite prudencial previsto pela lei.
Não podemos simplesmente aceitar essa tese. Na conjuntura atual (momento em que se colocam a retirada de direitos e o desmantelamento das instituições e serviços públicos), torna-se vital a participação ativa dos professores e professoras na luta coordenada pela Adupe.