Comunidade da UPE repudia tentativa de despejo do Centro Paulo Freire
O Centro é um importante espaço de formação de trabalhadores e trabalhadoras rurais, com cursos que vão do ensino fundamental a oficinas de agroecologia e veterinária, através de parcerias com várias universidades, entre elas a UPE.
Reunidos na manhã da segunda-feira (09/09/2019), dirigentes das entidades representativas dos Docentes (ADUPE), dos Servidores (SINDUPE) e dos Estudantes (DCE-UPE), aprovaram manifestação de apoio ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em virtude da tentativa de despejo do Centro de Formação Paulo, localizado no Assentamento Normandia, na cidade de Caruaru.
A determinação de despejo do Centro de Formação Paulo Freire foi inesperada e incompreensível, uma vez que se trata de um espaço cultural inaugurado em 1999, sob a orientação do próprio INCRA, para funcionar como centro coletivo de formação e capacitação dos assentados pela reforma agrária em Pernambuco.
Na decisão, o juiz da 24ª Vara Federal de Caruaru autoriza inclusive o uso de força policial, arrombamento, condução coercitiva e remoção dos bens móveis, bem como dos animais.
Na nota, o Fórum das Entidades da UPE repudia a ameaça de desocupação do Centro Paulo Freire e alerta que a Universidade de Pernambuco também foi atingida pela ameaça, uma vez que o Assentamento Normandia é utilizado para Atividades Teóricas e Práticas, Campo de Estágio e Ações de Pesquisa Científica e Extensão Universitária de seus estudantes de graduação e pós-graduação, assim como para o aprimoramento de seu corpo docente.
Mobilização – Hoje (11/09), às 18:30, professores e demais trabalhadores da área de Educação vão se reunir com os dirigentes do MST para discutir estratégias de mobilização em defesa do Centro de Formação Paulo Freire.
O encontro acontecerá no Armazém do Campo, localizado na Rua do Imperador Pedro II, 387 – Santo Antônio, Recife.
Leia abaixo a íntegra da nota assinada pelas entidades do Fórum UPE
Leia AQUI a nota emitida pelo MST-PE