Adupe presente no movimento contra as reformas

Conforme deliberado em assembleias, a Seção Sindical dos Docentes da Universidade de Pernambuco tem participado ativamente do movimento contra as reformas que vêm sendo impostas pelo governo de Michel Temer. Desde o ano passado, com a chegada de Michel Temer ao poder através do golpe, a entidade tem sido presença marcante no movimento. A greve dos docentes da UPE do ano de 2016 além de reivindicar Reajuste Salarial, implantação da DE como Regime de Trabalho, os docentes também se posicionaram contra a PEC do Fim do Mundo, que congelou os gastos sociais, saúde e educação entre eles, por 20 anos.

Na histórica greve do dia 28 de abril, por exemplo, atuando de forma unificada, ADUPE, SINDUPE e DCE mobilizaram a comunidade universitária da UPE, conseguindo a adesão da universidade à greve, que envolveu mais de 40 milhões de trabalhadores no país. Em Recife, foram quase 200 mil pessoas nas ruas com um só objetivo: nenhum direito a menos.

Com a greve, os trabalhadores, estudantes, desempregados e movimentos sociais deram seu recado ao governo golpista e à sua base de apoio no Congresso: não aceitaremos a retirada de direitos historicamente conquistados mediante a reforma trabalhista, a reforma da previdência e muito menos a precarização do trabalho causada pela terceirização irrestrita. Nosso grito ecoou por todo o País, nos grandes centros urbanos, assim como em inúmeras cidades do interior: NENHUM DIREITO A MENOS!

O movimento demonstrou que a saída para barrar as reformas está nas ruas. Tanto que logo após a greve, o governo ilegítimo recuou em alguns pontos da reforma da previdência (veja abaixo as mudanças). Mas, fique claro que o objetivo do movimento não é negociar reforma, até porque não dá para negociar com governo ilegítimo. Nosso desafio é derrotar a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência no Congresso e intensificar o combate ao governo golpista.

A ADUPE convoca os professores da UPE a se juntarem aos movimentos sindicais e populares, as entidades de representação jurídica, entidades religiosas, estudantis e democráticas a cerrarem fileiras em torno da luta imediata: derrotar as reformas no Congresso.
Afinal, é o futuro do Brasil.
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Pontos do parecer do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) com mudanças nas regras da aposentadoria

Idade mínima

62 anos para mulheres e 65 anos para homens, com 25 anos de contribuição

Benefício integral
40 anos de contribuição para atingir 100%. O valor da aposentadoria corresponderá a 70% do valor dos salários do trabalhador, acrescidos de 1,5% para cada ano que superar 25 anos de contribuição, 2% para o que passar de 30 anos e 2,5% para o que superar 35 anos

Regra de transição
Idade mínima começará em 53 anos para mulheres e 55 anos para homens, sendo elevada em um ano a cada dois anos. Haverá um pedágio de 30% sobre o tempo de contribuição que faltar para atingir 35 anos (homens) e 30 anos (mulheres)

Pensões
Vinculação ao salário mínimo, com possibilidade de acumular aposentadoria e pensão, com o limite de até dois salários mínimos

Benefício de Prestação Continuada (BPC)

Vinculação do salário mínimo, com idade mínima começando em 65 anos, subindo gradativamente até atingir 68 anos em 2020

Aposentadoria rural
Idade mínima de 57 anos para mulheres e de 60 anos para homens, com mínimo de 15 anos de contribuição

Servidores públicos
Idade mínima de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens

Professores
Idade mínima fixada em 60 anos, com 25 anos de contribuição

Policiais federais e policiais legislativos federais
Idade mínima de 55 anos. Para homens, exigência de 30 anos de contribuição, sendo 25 em atividade policial. Para mulheres, exigência de 25 anos de contribuição, sendo 20 em atividade policial. 

Tonny
Author: Tonny

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