Professores da UPE entram em greve
Movimento acompanha os alunos da UPE do campus Santo Amaro, no Recife, que deflagraram greve estudantil na quarta-feira (26)
Por: Moema França em 28/10/16 às 15H41, atualizado em 28/10/16 às 15H42
Os professores da Universidade de Pernambuco (UPE) entraram em greve, no final da manhã desta sexta-feira (28), contra a PEC 55, antiga PEC 241, que mudou a numeração depois que passou a tramitar no Senado com a aprovação na Câmara dos Deputados na última terça (25). A votação foi feita no auditório da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças (FENSG), no campus Santo Amaro e contou com participação de mais de 80 professores.
A medida deve congelar os gastos do Governo Federal nos próximos 20 anos e é motivo de ocupações estudantis em 19 prédios de ensino em Pernambuco. Os protestos no país já somam 1177 ocupações em escolas, institutos federais e universidades, segundo a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). A Ubes afirma que a “luta contra a MP (medida provisória) da Reformulação do Ensino Médio, contra a PEC 241 e a Lei da Mordaça reacende Primavera Secundarista no Brasil”.
Segundo o professor Sérgio Galdino, presidente da Seção Sindical dos Docentes da Universidade de Pernambuco (Adupe), o movimento acompanha os alunos da UPE do campus Santo Amaro, no Recife, que deflagraram greve estudantil na quarta-feira (26). “A partir de agora é toda a UPE. Vai de Petrolina e nos campi de Garanhuns, Caruaru, Arcoverde, Serra Talhada”, explica.
“A gente oficializa os professores no movimento, só que mesmo antes tinha o apoio dos professores. Estamos nos reunindo com o comando de greve para ver os campi dos interiores, vendo o trabalho em Petrolina e Garanhuns, fazendo o comunicado pra discutir as pautas de reivindicações localizadas”, aponta o professor.