Mulheres: Ainda falta muito para a conquista da igualdade
Menor remuneração, dificuldadades de ascensão profissional, dupla jornada de trabalho. Estes são alguns dos problemas ainda enfrentados pelas mulheres na sua luta diária pela conquista da igualdade de gênero. O tema foi objeto de discussão no ciclo de conferências “Participação da mulher na política e no mundo de trabalho”, promovido pela Adupe, na sexta-feira passada (08/05), no auditório do Sindicato dos Servidores da UPE.
Ao abrir o evento, a professora Maria Bernadete Leal Campos, tesoureira da Adupe, destacou a importância da conferência, lembrando que, além das lutas tradicionais por salários justos e condições de trabalho dignas, os sindicatos precisam também assumir a discussão de temas como a questão de gênero.
Integraram a mesa de abertura do evento as conferencistas Maria do Socorro Cavalcanti (vice-reitora da UPE), Maria Gilda Araujo (docente do Campus Mata Norte) Maria Antonieta Trindade, (gerente geral da Secretaria Estadual de Educação), a diretora Tesoureira da Adupe, Maria Bernadete Leal Campos, o presidente do DCE Paulo Freire, Elvis Arruda e o presidente do Sindupe, José Rosa.
A primeira a falar foi a professora Maria Gilda Araujo, fazendo um retrospecto das conquistas das mulheres brasileiras, desde a Carta Constitucional de 1891 até a os dias atuais.
Para a professora Antonieta Trindade, as mulheres brasileiras têm ainda um longo caminho na conquista da igualdade. Segundo ela, não se trata de uma luta contra os homens. “A luta de gênero está associada à luta contra a opressão. Quando vencermos todas as formas de opressão não haverá espaço para a opressão do homem sobre a mulher”. Ressaltou.
Seguindo o mesmo entendimento, a vice-reitora da UPE, professora Maria do Socorro Cavalcanti destacou que as mulheres brasileiras ainda estão longe de conseguir a igualdade no mercado de trabalho, pois ganham cerca de 30% a menos do que os homens e ocupam posições de menor status social. “Apesar de serem maioria, as mulheres estão em minoria na ocupação de cargos de prestígio e poder, seja na esfera política, seja à frente das organizações.” Concluiu.