Adupe leva reivindicações ao secretário de Ciência e Tecnologia
Depois discussão da pauta com a Administração, na semana passada, sindicato cobra agora participação do secretário de C&T no processo de negociação
Dirigentes da Adupe reuniram-se, na manhã de ontem (10/03), com o secretário de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectma), Marcelino Granja, para discussão da pauta de reivindicações dos professores da Universidade de Pernambuco. (Clique aqui para conhecer a pauta)
“Ainda que o interlocutor do governo na negociação seja o secretário de Administração, entendemos que a participação da Sectma no processo é necessária e importante”. Ressaltou o presidente da Adupe, Carlos Lago, ao entregar a Granja o documento contendo as demandas dos docentes da UPE.
Ao justificar a pauta de reivindicações dos professores o vice-presidente da Adupe, Itamar Lages, considerou que a mesma tem como meta o fortalecimento da universidade para que ela possa cumprir a contento a sua função social. “É verdade que este governo imprimiu uma nova relação com a UPE. Mas a universidade ainda não é vista como um aparelho importante de desenvolvimento do Estado”. Disse.
A cobrança foi reforçada pelo diretor de Imprensa, Roberto Burkhardt. “O governo deve levar em conta o papel que a universidade desempenha como prestadora de serviços à sociedade. É justamente nisso que reside a nossa força”.
“O que estamos discutindo é a existência ou não da UPE, como universidade, num futuro próximo”, reforçou o diretor de Assuntos Sindicais, Sérgio Galdino, lembrando as exigências do MEC que deverão ser cumpridas pelas universidades para serem classificadas como tal.
FUGA – A preocupação do sindicato com o processo de fuga de professores da UPE para outras universidades foi abordada pela 1ª secretária, Bernadete Campos. “O problema se agravou nos últimos dois anos, quando perdemos quase 50 docentes. Isso tem acontecido não só por conta dos baixos salários na UPE mas, também, pela falta de estrutura”.
CAUTELA – Sobre a perda de professores pela UPE, Marcelino Granja disse que o governo não desconhece a crise, mas que ela é resultante de um esforço do governo federal, que criou novas universidades e promoveu a requalificação da carreira docente. “Essa é uma crise ‘positiva’. O que ocorre é que nos estados o processo de ivestimento é mais lento. Mas há uma orientação clara do governo de Pernambuco quanto à necessidade de investir na sua universidade”. Observou.
Sobre os pleitos financeiros da pauta, o secretário ponderou que não há, como se supõe, um ambiente desfavorável ao atendimento das demandas. “O que há é um momento de cautela, da parte do governo, em função de uma crise que é séria. A política do governo federal tem forçado os governos estaduais a serem cautelosos. O que posso garantir é que a orientação política do nosso governo é de fortalecimento da Ciência e Tecnologia”. Finalizou.
Ao final, os dirigentes da Adupe consideraram o encontro como bastante positivo. “O secretário deixou claro que, naquilo que for possível, adotará uma postura de defesa dos nossos pleitos junto ao núcleo central do governo. Isso conta muito”. Avaliou Carlos Lago.
Também participou da reunião a gerente geral de Política de Ensino Superior e Pesquisa da Sectma, Aronita Rosenblatt.