UPE terá 193 novos cargos para professores efetivos – Publicada em 15.06.06
A Universidade de Pernambuco (UPE) terá 193 novos cargos de professor efetivo. O projeto de lei que cria as vagas foi aprovado ontem em primeira votação no plenário da Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e deve ir para a segunda até a próxima semana. Em seguida, será encaminhado para apreciação do governador, que é o autor da matéria. Todos os cargos são voltados para o processo de interiorização da UPE, beneficiando cinco cursos (três deles nem tiveram as aulas iniciadas), em quatro cidades pernambucanas.
Para preenchimento dos cargos, no entanto, não será realizado apenas um concurso público. Segundo o pró-reitor de Graduação da UPE Guido Corrêa, as seleções vão ocorrer ao longo de, no máximo, dois anos, de acordo com a necessidade de cada curso. A primeira deve ser realizada no início do segundo semestre, mas ainda não foi definido quantos cargos serão preenchidos nesse concurso, nem quais cidades serão atendidas.
A previsão é de que a primeira seleção seja para professor adjunto, com exigência do título de doutor. Caso as vagas não sejam preenchidas, um novo concurso deve ser realizado para professor assistente, com exigência de mestrado. Por causa do período eleitoral, a nomeação dos novos professores só vai ocorrer a partir de janeiro de 2007.
Segundo Guido Corrêa, a UPE ainda está realizando um levantamento para saber quantos desses professores serão destinados para cada campus da UPE. O pró-reitor – que ontem foi pedir rápida apreciação e explicar o projeto à deputada Teresa Leitão, relatora da matéria nas comissões de administração e finanças -, acredita que os 193 cargos serão importantes. “Já dá um alívio grande porque não é preciso relocar professores para os novos cursos”, diz.
Capacidade – Segundo Guido, para suprir as necessidades da universidade ainda seria necessária a criação de mais 150 cargos de professores efetivos. Número hoje ocupado por profissionais temporários. Ele diz que, há 15 anos, quando a UPE foi criada, eram 900 professores no quadro e 27 cursos de graduação. Hoje, somando com o ensino a distância, esse número subiu para 41, mas a quantidade de professores caiu para cerca de 820.
Segundo a diretora do campus da UPE em Petrolina, Rosilande Ribeiro Nunes, a falta de professores é o grande empecilho para início das aulas. “Já está pronta a estrutura física da unidade onde vai funcionar o curso de enfermagem (um dos beneficiados com o projeto). Foram concluídas oito salas de aula, laboratórios, auditório e biblioteca. Só faltam os profissionais” afirma.
Fonte: Diário de Pernambuco publicada em 15.06.06