9º CONCUT – Apresentação de teses e conferência marcam o segundo dia do Congresso

Os debates sobre as conjunturas nacional e internacional dominaram o segundo dia do 9º CONCUT. As correntes políticas que apresentaram teses para o Congresso tiveram espaço durante a tarde desta terça-feira para expor suas idéias.

Representantes da Articulação Sindical, Corrente Sindical Classista, Corrente Sindical Democrática, O Trabalho, Sindicalismo Socialista Brasileiro, Frente de Esquerda Sindical e Tendência Marxista avaliaram o governo Lula e a conjuntura internacional. O principal “divisor de águas” das correntes foi em relação à caracterização do governo Lula e ao apoio ou não à sua provável candidatura para um segundo mandato. Com visões particularizadas do processo, a maioria das correntes acredita que a CUT deva definir o apoio à candidatura Lula como forma de evitar o retrocesso neoliberal representado pela candidatura tucano/pefelista.

Antes de iniciar as apresentações das teses, o intelectual italiano Antonio Negri, professor universitário, e o filósofo brasileiro Emir Sader conversaram com os delegados e delegadas sobre as mudanças no mundo do trabalho.

Negri abordou o movimento trabalhista internacional, principalmente na Europa, e quais os desafios impostos para uma central como a CUT. “Há 30, 40 anos, o movimento sindical europeu vivia em crise, com o avanço de políticas neoliberais, mas conseguiu resistir. Uma central sindical como a CUT tem que se posicionar como organização social, compreendendo as mudanças no mundo do trabalho e se inserindo firmemente na luta contra a hegemonia capitalista”.

Emir Sader propôs ao movimento sindical um grande levantamento para “se conhecer” a nova classe operária do Brasil. “O capitalismo e a elite branca renegaram uma imensa gama de pessoas à marginalização, é função da CUT e do movimento sindical saber quem são os que estão na periferia do sistema para poder ter uma política de inclusão.”

Segundo o intelectual, as duas grandes tragédias do neoliberalismo foram a financeirização do país e a precarização do mundo do trabalho. “Por cima, um mundo voltado para as relações financeiras, por baixo, a exclusão social, essa é a herança do neoliberalismo”, definiu Sader.

Fonte: CUT nacional

Tonny
Author: Tonny

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